23/04/2009

Pra eu passar todo esse tempo todos esses anos todo esse tempo que o mundo nos dá, não preciso de droga nenhuma, não preciso entender as coisas, não preciso de toda essa sensibilidade lírica, não preciso de absolutamente nada desde que chegue uma hora no dia em que eu consiga perceber toda essa complexidade em uma fração de segundo em que vejo uma borboleta brincando com a outra ou o vento nos galhos, ou você descendo as escadas no ônibus com um sorriso lindo no rosto, como eu gosto de ver você chegando, e como gosto de te ver sorrindo.
Não vejo outra incógnita na vida que não seja penetrar as coisas grandes nas coisas pequenas. Não que não consiga ver; não há. O resto está todo compreendido e fragmentado, só precisa dar uma boa olhada com toda aquela sensibilidade lírica que já foi dita.
E eu estou tão feliz.